Nascido a 13 de junho de 1907 às 5 horas da manhã de um dia de Domingo, filho de Etelvino Dantas e Maria Romero Dantas, Abelardo Romero era de família tradicional que já dera vultos importantes, a exemplo de seu tio-avô, o folclorista Sílvio Romero, também nascido em Lagarto.
Atividade predileta (RJ, 1951). Acervo familiar.Foi jornalista, poeta e escritor, com poemas publicados na África e na Europa, tendo sido citado e reconhecido por todos os cantos do Brasil e do mundo, onde percorrera; recebeu na Itália, num postal futurista, os aplausos de Felipe Marinetti. Na França foi elogiado por Georges Lê Gentil, que ressaltou a originalidade de sua mensagem lírica. A critica Argentina o colocou entre os conceituados poetas do Brasil, tendo sido também elogiado por reconhecidos homens de letras, europeus e norte-americanos, bastando citar entre eles: Antonio Rosado, em Portugal; Geraldo Diego, na Espanha, Émile Dantinne, na Bélgica, Heinz Piontek, na Alemanha e Philip Booth nos Estados Unidos. Estreou como poeta graças ao incentivo de Murilo Araújo.
Trabalhou em vários jornais cariocas, embora tenha permanecido mais tempo em “O Jornal”, do Grupo Diários Associados, de Assis Chateaubriand. Lá, como secretário e cronista político, consolidou a sua carreira de jornalista, tendo sido admitido em 1949, e permanecido até a metade dos anos 60.
Redação de “O Jornal” (Grupo Assis Chateaubriand)
– RJ, anos 50 – Acervo Familiar Reconhecidamente um autodidata, largou a Faculdade de Direito no último ano, porque suas paixões eram a literatura e a crônica jornalística. Sabia com fluência quatro idiomas, a saber: inglês, francês, espanhol e latim. Antes de falecer, estava no seu maior desafio: o alemão. Tinha o hábito de ler a Revista “Time” semanalmente, com imensa curiosidade, destaca sua filha Patrícia, para quem o pai era um misto de simplicidade, sabedoria e inteligência.
Membro da Academia Sergipana de Letras ocupou a cadeira de nº 16, mais tarde da professora Ofenísia Freire. Faleceu em Lagarto, aos 72 anos, no dia 17 de março de 1979, no antigo povoado Cidade Nova.
De sua seara literária, é autor dos seguintes livros de poesia: Trem noturno (1931), Vozes da América (1941), As Rosas e o Relógio (1949); A Musa Armada (1954); Exílio em Casa (1955); O alegre Cativo (1959); O Passado Adiante (1970) e Visita ao Rio (1978). Na prosa, destacou-se com: Sílvio Romero em família (1960); Origem da Imoralidade no Brasil (1967); Chatô, a verdade como anedota (1969), Heróis de batina (1973) e Limites Democráticos do Brasil (1975), este último sem publicação ainda. Em 1940, pôs seu dom poliglota a serviço traduzindo dois romances: A Rainha Elizabeth – de Lytton Strachey; e Falso Testemunho – de Irving Stone.
Abelardo recitando – Anos 70.Nos versos de Abelardo Romero Dantas predominam alguns temas, como: cotidiano, família, a criança, a velhice, a nostalgia e a natureza. A sensibilidade lírica do poeta foi uma marca de sua escrita.

Além dos filhos Ângelo e Patrícia, Abelardo e Leonila, Abelardo Romero deixou viúva Maria Amélia Dantas, sua conterrânea, prima, amiga, que conheceu no Rio de Janeiro, e que foi companheira de todas as horas, até o último suspiro do poeta.
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